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66% dos que usam buscadores confiam na informação que encontram

Publicado em 13/06/2023 Escrito por Marcela Gava.

Nova pesquisa do GetApp debate a confiança dos usuários em informações geradas por diferentes fontes de pesquisa online e mostra que os respondentes tendem a confiar mais em informações provenientes de marca do que de outras fontes, abrindo espaço para empresas criarem estratégias de conteúdo com base em técnicas de SEO

Pesquisa sobre confiança nas redes sociais e nos buscadores

O consumo de informação online, ao mesmo tempo que democratizou o acesso ao conhecimento, também criou novos obstáculos para a sociedade. 

Um dos principais aspectos negativos é a desinformação, fruto do compartilhamento de notícias falsas (conhecidas também como fake news), muitas vezes criadas para confundir as pessoas e atender os interesses de diferentes grupos envolvidos na sua disseminação. Dada a complexidade do tema, mais de 10 projetos em análise no Senado debatem o tópico das notícias falsas, em especial o Projeto de Lei 2630/2020 (também conhecido como PL das fake news), que visa responsabilizar as empresas de tecnologia pela circulação de determinados tipos de conteúdos.  

Com a descentralização das fontes de informações, novos players entraram no jogo da produção de conteúdo. A partir do momento que usuários, marcas e influenciadores também se tornam criadores, como os consumidores conseguem saber que o que leem corresponde à realidade? Qual fonte de informação eles consideram confiáveis? Eles estão dispostos a fazer uma dupla checagem do conteúdo que consomem?

Para responder essas e outras questões, entrevistamos 1.033 brasileiros de todas as partes do país. Os respondentes deveriam realizar pelo menos uma busca online por mês para poder participar do estudo (confira a metodologia completa no final do artigo). 

Motores de busca são mais confiáveis que redes sociais para pesquisas online, de acordo com usuários

Tanto as redes sociais quanto os motores de busca são grandes repositórios de conteúdo. Quando um usuário realiza uma busca nessas plataformas, inúmeros resultados podem ser apresentados. 

Embora as empresas de tecnologia se encarreguem da moderação de conteúdo, nem sempre seus critérios nessa tarefa são claros, deixando os usuários à mercê de informações duvidosas. Além disso, é importante destacar que elas tampouco são responsabilizadas por conteúdos de terceiros que podem usar suas plataformas como canal de propagação de notícias falsas, por exemplo. O projeto de lei mencionado na introdução deste artigo busca reverter esse cenário.

Dito isso, é importante ter em mente que cabe aos usuários estarem atentos às informações que recebem e às empresas terem responsabilidade em relação aos conteúdos que publicam.

O estudo do GetApp mostra que ambos mecanismos de pesquisa disponíveis –motores de busca e redes sociais– são considerados confiáveis para os usuários, mas em graus distintos e por diferentes razões. 

Dos participantes que usam motores de busca nas suas pesquisas online, apenas 13% acreditam totalmente nos resultados que recebem por meio desses mecanismos; a maioria, no entanto, geralmente confia mas tem alguma cautela (53%) 

Já quando se trata das redes sociais, apenas 6% dos que pesquisam por meio dessas plataformas confiam totalmente na informação que encontram e 33% do mesmo grupo geralmente confiam, mas com cautela. A maior parte (58%) diz que depende do termo de busca e das fontes e 3% não confiam na informação que recebem através de redes sociais. 

Confira no gráfico abaixo uma comparação entre a confiança dos usuários com base na plataforma que usam para pesquisar online:

Notícias em redes sociais e em buscadores

No geral, são algoritmos que definem qual informação é mais relevante para cada usuário com base no seu comportamento de navegação e em outros requisitos. É responsabilidade de quem consulta contrastar a informação que recebeu com alguma outra fonte para averiguar a veracidade.

Sendo assim, quando se trata de validar as informações que recebem de motores de busca, as pessoas parecem estar fazendo sua parte. Isso porque 4 de cada 10 (44%) respondentes que realizam pesquisas por meio dessas plataformas checam na maioria das vezes as informações que recebem com alguma outra fonte, enquanto 53% checam às vezes. Apenas 3% disseram que nunca checam as informações que recebem.

Os usuários das redes sociais como fonte de pesquisa online seguem um caminho semelhante: 51% na maioria das vezes fazem dupla checagem de informação, enquanto 48% o fazem às vezes e 1% não fazem nunca. 

Como publicar conteúdo confiável

  • Avalie a fonte original do conteúdo. Existem plataformas de checagem de informações que podem ajudar a analisar a fiabilidade de uma informação.
  • Verifique a data que determinada informação foi publicada para não compartilhar dados desatualizados e errôneos. 
  • Se for realizar uma abordagem de meme para empresas, entenda o contexto daquela peça para avaliar se vale a pena associar sua marca a determinado acontecimento.
  • No caso de imagens, que podem ter sido criadas por inteligência artificial, atente-se a imperfeições sutis, como partes de corpos levemente distorcidas.  

Qual a fonte de informação mais confiável para buscas online?

O advento de mecanismos de busca online deixou o acesso a informações muito mais simples e democrático. No entanto, ao mesmo tempo que abriu portas, também tornou mais complicado identificar quais são as fontes mais confiáveis para consumir conteúdo.

Pensando nisso, o GetApp questionou os respondentes sobre o que faz com que confiem na informação que encontram, e o resultado mostra que 48% disseram que confiariam em uma informação se ela fosse proveniente de uma organização científica. Esse tipo de material pode incluir artigos acadêmicos, notícias de jornais vinculados a universidades e documentos científicos, por exemplo.    

Em seguida, o peso dos influenciadores fica evidente pelo fato de mais participantes considerarem mais confiável conteúdo gerado por criadores reconhecidos (46%) do que informações provenientes de organizações de notícias (41%). Sabendo disso, negócios que buscam estreitar relacionamento com influenciadores devem optar por profissionais que produzam conteúdo de qualidade para que a confiabilidade seja transferida para a empresa indiretamente por meio da ação de marketing criada. 

Outro ponto importante é que as pessoas costumam dar bastante peso também para informações que vêm de uma marca conhecida (44% relataram que confiam em informações dessa fonte). Nesse sentido, as empresas devem ter responsabilidade na produção de conteúdo já que más práticas, como publicação de notícias falsas ou conteúdo que ofenda minorias, podem afetar sua própria reputação. 

Na opinião dos respondentes, conteúdos relacionados ao governo parecem ser os que menos têm credibilidade na atualidade (17%). 

Tipos de fonte de informações que os respondentes confiam 

96% veem utilidade nos resultados personalizados

Após realizar sua pesquisa online utilizando um buscador, cada usuário chega a ter acesso a resultados completamente diferentes de outras pessoas. Isso acontece porque as ferramentas de pesquisa têm a opção de apresentar resultados personalizados, que geralmente são selecionados pelo buscador com base nas atividades dos usuários quando eles optam por compartilhá-las. 

Dados como localização, idioma, tipo de dispositivo móvel e até mesmo histórico de pesquisas anteriores e cliques em anúncios são levados em conta pelos algoritmos das plataformas de busca para conseguir entender exatamente o que a pessoa pesquisa e assim oferecer o resultado mais certeiro para ela.

Para dispor desse recurso de personalização, é necessário que o usuário abra mão da sua própria privacidade digital ao ativar o compartilhamento de suas atividades com a plataforma, o que pode até não ser um problema já que 9 de cada 10 entrevistados (96%) acham os resultados personalizados úteis em algum grau –soma dos que acham muito útil e daqueles que consideram um pouco útil.  

A utilidade dos resultados personalizados de busca, segundo respondentes

O principal benefício nesse tipo de pesquisa, segundo aqueles que a consideram útil, é a capacidade de encontrar com mais facilidade o que estão buscando (61%), enquanto 22% desse mesmo grupo de respondentes acreditam que podem conseguir resultados surpreendentemente positivos nessa modalidade de pesquisa. Já os que não acham esse tipo de resultado útil, 41% demonstraram preocupação com sua privacidade.

Posicionando sua marca entre os resultados orgânicos de buscadores

Chama-se como "resultado orgânico" o conteúdo que aparece de maneira natural entre os resultados de uma pesquisa online em buscadores, sem que a marca tenha que pagar para ocupar aquele lugar. 

Embora as melhores posições de conteúdo em uma busca sejam selecionadas pelo próprio algoritmo da ferramenta de pesquisa, as marcas podem melhorar seu desempenho na busca orgânica ao otimizar seus textos empregando técnicas de SEO (Search Engine Optimization, na sigla em inglês) como parte da estratégia de produção de conteúdo. 

Para isso, é necessário identificar uma palavra-chave relevante e estruturar o texto em torno dela, respondendo as principais dúvidas dos leitores sobre o assunto em questão. 

Busca com base em geolocalização: o que os respondentes pensam sobre ela?

O resultado com base em localização é outra forma de busca com resultados mais adaptados às necessidades dos usuários. Nesse tipo de busca, os resultados são selecionados pela plataforma com base no local onde o usuário se encontra. Para que funcione e o resultado possa ser adequado, a pessoa deve autorizar as plataformas a usarem sua geolocalização para poderem entregar informações precisas. 

Nesse contexto, os respondentes da pesquisa do GetApp parecem ver utilidade nesse tipo de busca online: 63% creem que são muito úteis, enquanto 30% creem que são um pouco úteis. 

O principal benefício desse tipo de resultado, para quem o acha útil, é a facilidade de encontrar restaurantes, lojas ou até eventos perto de casa (62%). Já os que não veem utilidade, o principal ponto negativo está relacionado com a preocupação em relação à sua privacidade (46%).

Dica para empresas

Campanhas em redes sociais ou anúncios em buscadores podem ser criados com base na localização do usuário. Quando configurados dessa maneira, as propagandas ficam visíveis para usuários em uma determinada região geográfica ou que estejam dentro de um raio específico de um determinado local, favorecendo o fechamento de negócios.

Maioria se protege com senhas fortes

O advento da Lei Geral da Proteção de Dados Pessoais, a grande quantidade de fake news compartilhada entre usuários e o aumento dos casos de fraude financeiras por meio do PIX são fatores que podem ter deixado os brasileiros mais atentos a questões relacionadas à privacidade online. 

Grande parte dos respondentes parecem já estar cientes dos riscos online e disseram que tomam medidas para proteger sua privacidade quando realizam buscas online, sendo que 41% sempre tomam medidas enquanto 44% disseram que tomam às vezes. 

Daqueles que, com alguma frequência tomam medidas de proteção, a principal escolha é o uso de senhas únicas e fortes (60%). Também escolhem compartilhar poucas informações online (41%) e manter suas contas o mais privado possível (36%). 

Pensando nesse comportamento dos usuários, empresas que não se preocupam em implementar mecanismos de cibersegurança nem orientar seus consumidores sobre a coleta e o uso de seus dados podem correr o risco de perder clientes. Por isso é importante manter um canal de comunicação, seja em texto ou vídeo, como forma de esclarecer possíveis dúvidas dos usuários relacionadas à segurança digital.  

Destaques do estudo

Redes sociais e motores de busca, cada um em sua proporção, aparecem como fontes confiáveis de conteúdo; no entanto, os usuários não deixam de lado a dupla checagem quando se trata de pesquisa online. Além disso, os usuários demonstraram também que confiam mais em conteúdo de marca do que em organizações de notícias, por exemplo. 

Nesse contexto, empresas que querem se posicionar como uma fonte de informação devem pensar em que tipo de canal pretende ser relevante. No caso de optar por se posicionar em motores de busca, a implementação de estratégias de SEO se faz necessária. Já para as redes sociais, a dica é criar um calendário editorial e produzir conteúdo em diferentes formatos para impulsionar a possibilidade de aparecer em diferentes tipos de busca. 

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Metodologia 

Os dados reunidos no levantamento sobre a descentralização dos motores de busca foram reunidos em fevereiro de 2023 e contaram com a participação de 1.033 respondentes, com idades entre 18 e 75 anos, de todas as partes do Brasil. 

Para responder à pesquisa online, os participantes deveriam realizar pelo menos uma busca online por mês. 

Os resultados são representativos da pesquisa, mas não necessariamente da população como um todo.


Esse artigo pode se referir a produtos, programas ou serviços ainda não disponíveis em seu país, ou pode ter restrições legais ou regulatórias. Sugerimos que você consulte o provedor de software diretamente para informações sobre disponibilidade do produto ou conformidade com as leis locais.

Sobre o(a) autor(a)

Marcela Gava é analista de conteúdo sênior com mais de 14 anos de experiência na cobertura de tendências em diversas áreas que impactam as empresas. Ela atua como redatora orientada por dados e pesquisadora de tendências, concentrando seus artigos em tópicos de cibersegurança, tecnologia da informação (TI), finanças e cultura digital. Marcela já escreveu aproximadamente 50 pesquisas e análises que se baseiam em mais de 2 milhões de avaliações autênticas de compradores de software no GetApp para ajudar as pequenas e médias empresas (SMBs) a encontrar as melhores soluções de tecnologia para suas necessidades. Além disso, os insights fornecidos por seus artigos ajudam as PMEs a tomar decisões mais informadas e assertivas. Suas pesquisa foram apresentados em alguns dos mais importantes veículos da mídia brasileira, como: Época Negócios PEGN Forbes Brazil Terra Folha de S. Paulo Ela também participou de importantes podcasts de tecnologia no Brasil, como o The Shift, e teve os resultados de seus estudos apresentados na versão brasileira da newsletter LinkedIn News.

Marcela Gava é analista de conteúdo sênior com mais de 14 anos de experiência na cobertura de tendências em diversas áreas que impactam as empresas. Ela atua como redatora orientada por dados e pesquisadora de tendências, concentrando seus artigos em tópicos de cibersegurança, tecnologia da informação (TI), finanças e cultura digital. Marcela já escreveu aproximadamente 50 pesquisas e análises que se baseiam em mais de 2 milhões de avaliações autênticas de compradores de software no GetApp para ajudar as pequenas e médias empresas (SMBs) a encontrar as melhores soluções de tecnologia para suas necessidades. Além disso, os insights fornecidos por seus artigos ajudam as PMEs a tomar decisões mais informadas e assertivas. Suas pesquisa foram apresentados em alguns dos mais importantes veículos da mídia brasileira, como: Época Negócios PEGN Forbes Brazil Terra Folha de S. Paulo Ela também participou de importantes podcasts de tecnologia no Brasil, como o The Shift, e teve os resultados de seus estudos apresentados na versão brasileira da newsletter LinkedIn News.